Os lábios serrados mais uma vez
Silêncio eterno e esmagador
Tirando-me a visão
Destruindo-me o coração
Observo o nada que se estende diante de mim
O meu futuro e o meu passado
Não poderia ser diferente
Doce conformismo que me toma
Misturado com a vontade se sonhar
Sonhar o que jamais poderá tornar-se realidade
Doce sono que se abate sobre mim
Quisera eu que fosse eterno
Quisera eu que fosse a salvação
As pálpebras que mais uma vez se fecham esperançosas
Como se talvez um bom sonho estivesse por vir
E não mais os tantos pesadelos
Não mais as tantas dores
As mesmas pálpebras que se abrem com o peso da tristeza
Não é mais para o velho mundo que a alma é transportada toda a noite
Não se pode ir ao paraíso quando o inferno está à espreita
Doce solidão
Que me machuca e me protege
A que guia o meu caminho
A que guia meu coração
Doce solidão
Que me guarda, que me guia
Que me mata e me sangra
E me traz a agonia
Para que ter uma voz quando tudo em volta é silêncio?
E para que gritar quando não há quem possa ouvir?
O meu mundo
O meu vazio
A minha alma
O meu coração
E eu ainda espero o dia em que os muros irão desabar...
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Um comentário:
Acho que tudo que eu posso comentar hoje se resume à pedir emprestadas algumas de suas linhas...
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