E para que as palavras?
E para que a força que faço?
Poesias não lidas
Gritos não escutados
É preciso morrer
Por mais que as esperanças insistam em permanecer
Rastejando a espreita
A espera de alguma fraqueza
É preciso morrer
Somente a morte pode me proteger da dor
Morte de sentimentos
Dor da rejeição
E para que as palavras?
E para que a força que eu faço?
Poesias não lidas
Gritos não escutados
Pois eu continuo em meu refúgio, dentro de mim
Implorando para que levem embora a dor
Já não posso suportar as correntes
Os elos que me prendem (aos meus pesadelos)
É preciso fugir
Não quero mais ver o sangue escorrer
É preciso cair
Quando se está no fundo não se pode mais descer
E para que as palavras?
E para que a força que faço?
Poesias não lidas
Gritos não escutados
Assisto o mundo passar a minha volta
A felicidade alheia e a dor de outros
Nada me toca
Já não sou mais protegida pelos meus muros
A dor me alcança
Mas não a mão que estanca
O sangue que corre e queima
Enquanto minha alma se perde
Nada que faça sentido
Nada que precise se entender
Pois é apenas mais um poema não lido
E apenas mais um grito a se perder
Palavras tão inúteis quanto minhas ultimas esperanças
Esperanças tão inúteis quanto minha vontade de continuar
E para que as palavras?
E para que a força que faço?
Poesias não lidas
Gritos não escutados
Apenas para que eu continue a sangrar
E quem sabe assim, morrer de verdade (não mais sonhar)
25 de fev. de 2009
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Um comentário:
mais uma vez você mentiu pra mim quando disse que isso estava ruim...
Eu adorei, apesar de muitas vezes chegar a ser angustiante ler algumas de suas linhas...=P
=****
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