Eu nunca pensei que a realidade pudesse machucar tanto
Que uma dor pudesse destruir alguém por dentro
E que sonhos virariam pesadelos
por causa de um engano
Nunca pensei que fosse preciso morrer para viver em paz
Sentir a liberdade que só a morte nos trás
E a tristeza que se sente quando se percebe que tudo ficou para traz
Sempre soube que as correntes me fariam sangrar
E que seria parte de minha sina
Mas nunca pensei que precisaria dessa tristeza como alguém normal precisa de ar
Mas não quero mais respirar
Eu renego tudo do que preciso
Porque eu morro enquanto vivo
E na verdade isto não é viver
Quem disse que a dor compensaria a alegria?
Que chorar vale no final os sorrisos?
Este motivo que eu jamais consegui ver.
Depois que se vê a luz
É ainda mais cego quando a escuridão retorna
Agora eu luto para não mais me render a esta dor que me toma
A vã esperança de que algo pode mudar, algum dia
De que eu esquecerei como é sofrer
De superar a agonia
É o que me mata todos os dias
Eu não quero mais respirar
Não quero mais esperar
A vida sem a ilusão de ser feliz
(Pois eu sei que, aqui, talvez em todo lugar, felicidade é ilusão)
Sem o lítio que vos cobre os olhos
É doída, mas verdadeira
É verdadeira, mas em vão
E eu não quero mais respirar
Viver de dor não é viver
Tanto quanto viver de ilusão
A vida é algo que habita em nossas mentes
Enquanto definhamos, um por um
De maneiras diferentes
4 de nov. de 2009
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3 comentários:
iraaado, muito bom o.o
faço minhas palavras... e felicidade é só ilusão... =/
Traduz meu estado de espírito, ao menos 15 dias por mês.
No meu caso é a fluoxetina que me cobre os olhos...
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