Bem vindos ao meu espaço

Poderia chamar esse lugar de meu lar. Aqui é a casa de meus sentimentos mais obscuros. Aqueles que muitas pessoas escondem, dos quais muitos têm vergonha, e que todos possuem.
Pois eu os mostro aqui a vocês, e provo que os piores sentimentos podem ser transformados em inspiração para as palavras mais belas.
Aproveitem
Ana Luiza
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24 de abr. de 2008

Nem todo o silêncio do mundo explicaria o que sinto
Palavra alguma definiria quem sou eu

Talvez o gesto de caminhar,
sem saber para onde se vai,
Mostre o significado dessa vida

Pois tudo é passageiro
Nós caminhamos todos os dias sem poder voltar para o lugar de onde viémos

Nada é eterno
E, ao mesmo tempo, tudo é
Pois pelo menos um pedaço de cada coisa é vivo na lembrança

Cabe a nós escolher do que lembrar
O que devemos reviver a cada dia através de nossa memória, enquanto caminhamos

E nem mesmo a morte trás o fim de nossa caminhada...

As lágrimas muitas vezes regam o caminho
E os sorrisos nos fazem ir em frente

O nosso erro é caminhar em direção à um fim que não existe
E muitas vezes pensar que algo acabou, quando pelo menos uma parte prevalece a nossa volta, todos os dias, sem que possamos perceber.

Cometo agora esse erro,
Temendo um fim
Derramando lágrimas

Mas eu não voltaria no tempo
Pois a dor de um é sempre o alívio de outro

Que a paz leve o que já não está aqui
E que o consolo reine sobre os que ficam.



Ana Luiza da Silva Garcia

24/04/08

21 de abr. de 2008

Believing

After so many time
I’m still sleeping

I want to dream
I have to wake up

I have to live this life
Believing in your lies
Hiding my sorrow
Ignoring my pain

I have been crying all alone
I’m still alone
I’m still alive

And, after so many time
I don’t think it is good
I don’t think it is bad
I’m just walking
I’m just waiting

Would you run away with me?

I have to live this life
Believing in your lies
Hiding my sorrow
Ignoring my pain

All of those tears
One day will not exist
I want to believe
But I have to wake up



Ana Luiza da Silva Garcia

*essa é antiga...

20 de abr. de 2008

Nothing...

Sinto-me agora abandonada sobre o vazio
E é o nada que me espera

As lágrimas existem apenas dentro de mim
Talvez em algum lugar remoto

Nenhum sentimento é concreto
Existe apenas a incerteza e a ilusão

Como se absolutamente nada em mim fosse real
E talvez nunca tenha sido
Talvez nunca seja

Nem as lágrimas,
Nem os sorrisos

Fecho os olhos e imagino
Se algo poderia trazer-me de volta
Se algo poderia me puxar mais para baixo...

Tudo completamente sem sentido
Vazio
Vazio

Deve haver alguma semente
Plantada no mesmo lugar remoto
Que, talvez,
Se regada pelas lágrimas
Floresça em algum sentimento bom...
E concreto


Ana Luiza da Silva Garcia

17 de abr. de 2008

É doloroso
E eu sangro em silêncio
Enquanto cortam minhas asas

Ando em companhia da solidão por esses caminhos tortuosos
Tudo o que posso fazer é aceitar
Não há opção

A liberdade nunca existiu

E eu sangro em silêncio
Eu choro em silêncio enquanto cortam minhas asas
Para que eu ganhe asas imaginárias
Que não me levam a lugar algum

Eu não posso voar
Sequer enchergo o céu
Não posso gritar
É inútil a minha voz

É calada e presa ao chão que vivo a semi-vida
Sei que querem me matar por dentro
Mas não há muito que eu possa fazer...



Ana Luiza da Silva Garcia
09/02/08