Bem vindos ao meu espaço

Poderia chamar esse lugar de meu lar. Aqui é a casa de meus sentimentos mais obscuros. Aqueles que muitas pessoas escondem, dos quais muitos têm vergonha, e que todos possuem.
Pois eu os mostro aqui a vocês, e provo que os piores sentimentos podem ser transformados em inspiração para as palavras mais belas.
Aproveitem
Ana Luiza
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3 de mai. de 2010

Damned

Lutando contra o medo
De ser consumida, lentamente, pelo silêncio
Enquanto arrasto, dolorosamente, correntes
A dor em meu peito

Lutando contra o medo
De ser consumida, lentamente, pela maré que me arrasta
Fincando meu pé, firmemente, me recuso a ser a caça
O peso em meu peito

Por mais que doa, permanecerei aqui
Se apenas me deixar levar é o antídoto para a dor
Que me consuma, então
Aceitarei o que vier, seja o que for

Mas jamais vestirei de bom grado
As algemas, as correntes que arrasto
Tentar quebrá-las machuca
Deixe me sangrar
Ainda há a chama, a fé
De que um dia isso tudo vai cessar

Os abultres me rodeiam
Minha carne não os alimentará
Os abultres me rodeiam
Aguarde, eternamente
Minha alma me pertence e assim será
Até o fim da vida
Manterei a minha mente
A única coisa que ainda me pertence

A dor jamais fará sentido para quem não a sente
O grito não pode ser entendido por quem não possui ouvidos
Carregarei comigo
A maldição de viver entre os malditos

A solidão presente em cada momento
Olhar em volta e ver chega a doer por dentro (eu sangro)
Carregarei comigo
A maldição de viver entre os malditos

E não há o que possa ser dito
Nada vai mudar
Sou apenas mais um, entre os tantos aflitos
Nada que possa ser dito
Carregarei comigo
A maldição de viver entre os malditos

2 comentários:

Anônimo disse...

Gostei bastante xD
Parabéns, menina =)

Unknown disse...

Lembra muito algo de um amigo meu, chamado Aflito ou algo do gênero...vou usar as palavras do mesmo pra comentar sobre isso então: "As lágrimas do guerreiro inflamam sua espada".
Beijos